sexta-feira, 28 de outubro de 2011

São apenas temores...

 Muito frequente para um estudante de jornalismo ouvir certos clichês sobre a "manipulação das mídias"; "a verdade que não é dita" sendo direcionada de forma taxativa para a nossa profissão.
  Como qualquer outro profissional, escolhi minha carreira diante da admiração que sentia por aquilo que eu via, e a princípio, pouco conhecia. Mas sofro diariamente, e principalmente na TPM, com as dúvidas que tenho sobre a minha eficiência para exercer a função que escolhi, e, embora convicta, tenho meus medos.
    Eu sei o quanto o interesse econômico sobressai a qualquer responsabilidade com o saber social, mas as vezes me sinto ingênua demais diante da manipulação da mídia, demoro a enxergar que, muitas vezes, só um ângulo do fato é noticiado, e geralmente, o lado divergente aos interesses das classes marginalizadas. Mas, se de alguma forma eu posso mudar esse potencial, e me tornar efetiva em criticar e declarar o que o cotidiano esconde na sua imensidão, eu farei da melhor maneira que conseguir.
Os "não" que por ventura vierem a fazer parte do meu dia-a-dia, não vão me calar assim, e se hoje, posso usar da internet para mostrar o que faz parte, acima de tudo, de mim, eu estarei aqui para isso! Se eu não for a melhor, sendo o melhor que posso ser!

http://www.parebelomonte.com.br/primeiro-dia-de-ocupacao-de-belo-monte-e-ignorado-pelas-tvs-brasileiras

sábado, 22 de outubro de 2011

Um dicionário à parte

  O tempo todo se houve falar das guerras em diversos lugares do mundo. Nos últimos dias, quem ocupou a capa dos jornais foi Muammar Gaddafi. Não acho digno alguém como eu, com 19 anos, que sempre morou em um pais que há mais de 20 não presencia uma disputa civil brutal, analisar um estado de um país com conflitos tão gritantes como o da Líbia. Meu entendimento no assunto sobressai muito pouco do nulo! Mas embora eu não ache digno discursar sobre, menos digno ainda é a situação em que a população deixou o ex-ditador, quando clamavam por democracia. Fora do clichê de que todo ser humano tem direito a vida ou direito a justiça. O que venho clamar aqui, é de quanto as pessoas, quando tomadas pelo sentimento da razão, fazem atrocidades que muitas vezes vão de encontro a seus próprio ideais. O grito pela democracia ecoou vazio de sentido diante das gotas de sangue que escorriam por todo o corpo de Gaddafi.
   Temos consciência de quanto culturas, religiões e ideologias fazem cada qual uma peça singular, mas no entanto em uma coisa somos absolutamente iguais, somos todos seres humanos, e creio eu, que naquele momento perverso, a humanidade de cada rebelde abandonou a carcaça corporal de desespero perante o que ela tinha se tornado. Eu não sei em qual língua eles gritaram "DEMOCRACIA", sei que divergiu por completo do sentido que gritaram, por exemplo, os brasileiros quando consquistaram o voto direto, pós ditadura militar!