domingo, 30 de junho de 2013

Nem só de circo, mas também nem só de ringue!

Acontece que agora as pessoas estão condenando o futebol, o torcedor, a camiseta. Eu não consigo entender porque as coisas precisam ser 8 ou 80. Não fomos as ruas para dizer que não somos torcedores, e sim manifestantes. Não há nada que nos impeça de ser os dois. Fomos às ruas, EU FUI ÀS RUAS, para mostrar que estamos vivos e estamos vendo. Sabemos que nem só de pão e circo vive um país, nós queremos saúde, educação, segurança e sobretudo RESPEITO. Mas nós também queremos o futebol, é absolutamente possível que haja os dois. Não dá pra negar nossa raça, nós somos o país do futebol, e com muito orgulho é que digo que esta é a nossa cultura. A cultura firmada e simbólica de um país, e seríamos pouquíssimos patriotas se negássemos isso e nos desfizéssemos dela. 
Mostrando minha voz, Rio de Janeiro de 2013, éramos 1 milhão
Nós queremos um país melhor, nós gritamos por isso. Tivemos a tomada de consciência que Marx tanto tentou repassar em seu manifesto. Cabe a nós continuarmos na luta mesmo com o fim da Copa das Confederações. Nasce um novo brasileiro, que grita, que percebe, que se envolve. Deixamos pra trás o brasileiro submisso, o brasileiro passivo. Trouxemos as ruas o filho que não foge à luta, mas é esse mesmo filho que vai ao estádios no domingo. Amanhã tem luta, amanhã tem rua, e amanhã continuaremos com o peito verde-amarelo, agora por dois motivos, pelo samba que fizemos a Espanha dançar, e pelo orgulho e a esperança de um futuro diferente. A Dilma está lá, falando e prometendo. Ela é a representante máxima de nosso país, cabe a nós dar-lhe nosso ouvidos e a nossa cara, intimidado, mostrando que estamos aqui, DE OLHO, e que qualquer passo em falso, nós iremos gritar. Nós queremos ser o Brasil do Maraca, também fora dele!

BRASIL MOSTRA A TUA CARA, NA RUA E NO FUTEBOL!
NÃO SOMOS MAIS ALIENADOS POR TORCER PELA SELEÇÃO BRASILEIRA, NÓS SOMOS SEMPRE BRASILEIROS, SEJA ONDE FOR O NOSSO GRITO, NA ARQUIBANCADA OU NO CENTRO DA CIDADE! NÓS CONTINUAMOS NA LUTA! 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Era uma vez um sonho

Há dias estou à procura de um tema pra o post, no entanto não consigo desligar meus pensamentos do que estou vivendo agora: deixar a minha casa para poder voltar e correr atrás dos meus sonhos. Como sei que muita gente passa por essa mesma aflição, resolvi me abrir e tentar amenizar esse sentimento compartilhando aqui. 
Sou estudante de jornalismo na UFRRJ, no Rio de Janeiro, mas tenho as raízes em Pouso Alegre, Minas Gerais. Sempre que venho é difícil voltar. Deixar tudo para trás causa inúmeras dúvidas. 
Não há um equilíbrio, é sempre ir ou ficar, abraçar ou largar, sonhar ou não. Isto acaba por botar em xeque todas as suas convicções. 
Como a vida não se deixa ser menos complexa, ainda paira dentro do coração a pergunta se tudo isso vale realmente a pena, até onde eu vou? e quando eu terei a plena certeza de que fiz a escolha certa?
Como diria minha vó, o buraco é ainda mais embaixo.  São inúmeras questões familiares, medos, inseguranças, problemas que nos deixam cada vez mais vulneráveis.
Ainda me lembro quando peguei o ônibus pela primeira vez, era tudo euforia. Viver uma vida inteiramente nova, não dar satisfação para os pais e ser uma universitária parecia fantástico, mas foi preciso ir para valorizar o ficar.
Sinto-me bem mais madura e responsável agora, além de conseguir compreender o peso que preenchia o olhar da minha mãe. E me orgulho imensamente por ela me apoiar mesmo sendo tão difícil para ela. Não me vejo fazendo o mesmo pelos meus filhos, com certeza tentarei mantê-los sob minhas asas, é tão mais fácil do que deixá-los voar. 
Guardo Deus no coração e encontro minhas forças n'ELE, tudo que preciso é coragem e fé. A primeira para encarar de frente os medos que minha alma anda carregando, e a fé para ter certeza que mais adiante dos trilhos as coisas irão dar certo. Deus permite que os melhores sentimentos que vou deixando chegue até a mim e me possibilite seguir em frente, já eu, busco sempre cumprir com a minha parte e todos os dias agradeço pelo que de pior não me aconteceu, mesmo que a vida continue corriqueiramente igual, afastou-se de mim todo o mal.
Um dia, e eu confio verdadeiramente neste dia, eu poderei recompensar cada angústia, cada dor, cada partida, com momentos felizes de realizações.  

sábado, 27 de abril de 2013

Ás vezes é preciso

Todos os dias, e quando digo todos os dias são todos os dias mesmo, diante de uma notícia, diante de uma leitura, diante de um post no facebook, eu me questiono sobre se eu sou capaz de produzir algo parecido, e acabo por me deparar com uma intimidadora insegurança, que  sobretudo ameaça minha carreira. 
Sou aspirante à jornalista, sempre admirei a profissão pelo dinâmico contato com inúmeras áreas diferentes simultaneamente, e por isso acredito que pra tal é preciso ser um grande profissional, e reunir qualidades fundamentais como atenção, criatividade, memória, astúcia e poucas vezes reconheço algumas dessas em mim. 
Conversando com um amigo percebi o quão negativo é o fato de eu não divulgar nenhum dos meus textos, escrever apenas para mim, pelo simples achar de que minhas produções não são dignas de leituras alheias. 
Um bom jornalista se joga a opinião pública, e é exatamente isso que o consagra. 
Trata-se de um debate, prática que muito valorizo, acho uma forma de conhecimento formidável. Você se expor à contraposições e ainda poder absorver outros pontos de vistas é plenamente enriquecedor. Mas para que você possa dizer e discursar sobre algo é necessária uma ligação entre a arte das palavras e do conhecimento. E é então que me sinto excluída, não me vejo como tal artista nem com esse crédito. 
Mas na vida é preciso bater de frente e enfrentar, é por isso que me exponho agora para me abrir e abrir portas para novas, frequentes e divulgadas produções, sobre tudo, sobre notícias, sobre polêmica, sobre música, sobre cultura, sobre moda, sobre novidade, sobre o que passar em minha mente, e profundamente acredito que será meu mais autêntico retrato, um auto retrato diretamente dos meus hemisférios cerebrais.    

sexta-feira, 22 de março de 2013

Eu sempre aposto na educação

Sou mulher e sou contra o abordo! Os anos passam e torna-se função da sociedade evoluir, se é que nos cabe a palavra evoluir. Movimentos feministas gritam pela autonomia da mulher com o seu corpo, a igreja implora pela vida e o governo se equilibra em cima do muro. Abordo é um tema polêmico e ainda mal resolvido em todo o mundo. Esta semana o assunto se tornou manchete: o Conselho Federal de Medicina (CFM) apoia a liberação do aborto até a 12º semana de gestação por vontade da gestante. Em hipótese alguma temos o poder sobre o corpo de alguém, como também ninguém tem o poder de tirar a vida de alguém, por mais que essa pessoa ainda nem se manisfeste como ser. Na minha mais do que humilde opinião, aceitar o abordo não é dar a mulher o direito de proteger o seu corpo, é tirar da mulher a responsabilidade da consequência de um ato desprevenido. Exceto alguns tristes casos de estupros, em que a vida seria gerada sob um forte trauma, dar a liberdade pra alguém matar alguém por pura irresponsabilidade, é fazer com que as pessoas percam o senso de limite, as mulheres percam esse senso de limite. Defendo a ideia de que mais do que solucionar um problema de saúde pública, é solucionar o problema da educação, educação, neste caso, sexual. A ciência já proporciona inúmeros métodos para a precaução de uma gravidez, acredito eu, que ficar grávida nos dias hoje, é um simples e puro sinal de ignorância e irresponsabilidade. Daríamos as brasileiras o direito dos desleixo com o próprio corpo.
Não é deixar aberto a possibilidade de um abordo feito sem segurança, mas é investir na conscientização de um sociedade que possam arcar com seus próprios atos e erros. Infelizmente a educação no Brasil ainda não abraça boa parte da população, e a que abraça, muitas vezes é precária. Não nos permitiria diminuir pra já a taxas de mortalidade materna por abordo, mas o tempo nos traria dignos resultados.
Penso também se o sistema de saúde está preparado para receber essa gigantesca demanda de mães desesperadas. O SUS seria capaz de romper a geração até a 12º semana, sem que se forme uma fila interminável de grávidas? Grávidas que talvez, cansadas de esperar ainda fossem recorrer a formas ilegais de abordo? 
Sem moralismo, sem instituição religiosa, sem governo, sem política. Apenas acredito que o ser humano, e ainda mais a mulher, é capaz de controlar o seu corpo, como também é capaz de amar, amar ao filho independente da situação, amar ao próximo dando a outras mulheres o direito de ser mãe. Muitas ainda lutam contra a burocracia por essa possibilidade. 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A noite do glamour: Oscar 2013

            Na noite desse domingo (24), as estatuetas do Oscar ganharam novos lares. As produções indicadas eram grandiosas e as premiações provaram o quão disputada foi a 85º edição da festa mais glamourosa da modernidade.
Os nomes da noite: o ator Jack Nicholson, George Clooney, Grant Heslov e  o diretor Ben Aflleck. 
               Entre os ternos e os vestidos de gala havia as expectativas. Quem seria o melhor ator? A melhor atriz? E finalmente, quem levaria pra casa a consagração de melhor filme? Os resultados surpreenderam, mas não deixaram de ser coerentes. O que pesou mesmo é que em 2012 a inspiração reinou em Hollywood, e também na Austria, como provou "Amour", vencedor do melhor filme estrangeiro. A produção que contou a belíssima atuação de Emmanuele Riva, que também foi indicada a melhor atriz, tirou o foco dos filmes Hollywoodianos, e demonstrou uma fiel aliança de amor entre um casal de velhos.
          A primeira grande premiação da noite foi para o melhor ator coadjuvante Christoph Waltz, de "Djando Livre". Waltz levou o seu segundo Oscar, o primeiro em 2010 com "Bastardos Inglórios". O prêmio de atriz coadjuvante veio como esperado, Anne Hathaway consagrou o seu papel em "Os Miseráveis". A atriz sofreu uma grande metamorfose durante o filme cortando seus cabelos, e é sempre muito emocionante uma cena em que atriz precisa se doar tão intensamente a seu personagem, além ainda de ter encantado ao soltar a voz. É Mia Termópolis, sem dúvida esse prêmio era seu!
             Quem muito surpreendeu foi o prêmio de melhor diretor. Ang Lee conquistou a vaga pelo filme "As Aventuras de Pi", desbancando o incrível Steven Spielberg, pelo filme "Lincoln". O que (particularmente) soou ofensivo, foi a não indicação do diretor Ben Affleck, que praticamente pôde sambar na cara de todos quando seu filme "Argo" foi anunciado com o prêmio máximo da academia. 

              Outra aposta que não surpreendeu foi o de melhor ator, com Daniel Day-Lewis, que interpretou nada mais e nada menos do que o presidente mais adorado do Estados Unidos, Abraham Lincoln. A estatueta de melhor atriz foi para as mãos de Jennifer Lawrence. A garota ainda caiu na escada quando foi buscar o seu prêmio, o que tornou ainda mais interessante sua premiação, que não surpreendeu tanto pois a atriz já havia ganhado todos os outros prêmios ao qual concorreu antes da festa de ontem, no entanto, sua jovialidade e a carga de seu personagem  não convenceu 100% do adoradores de cinema. Confesso que como muitas garotas, sou apaixonada por uma comédia  romântica, é sempre uma ótima opção, e "O Lado Bom da Vida" vem para emocionar, pelo menos é o que eu espero da personagem principal e de seu par romântico, que embora não tenha ganhado, Brandley Cooper, também concorreu a melhor ator.
              Ainda não assisti a nenhum filme indicado ao Oscar, mas estou ansiosa. "As Aventuras de Pi" que levou 11 indicações e foi para casa com o maior número de prêmios, 4 estatuetas, parece nos levar a um cenário fantástico. "Argo" CLARO, por melhor filme. "Amour", pela brilhante atuação da atriz Emmanuele, "O Lado Bom da Vida", pelo gênero, pelas indicações e pelos atores, "Django Livre" pelo Tarantino, que levou o prêmio de melhor roteiro original, "Lincoln" pelo recorde de indicações, 12, e pelo belíssimo teor histórico do filme, que embora tenha sindo pouco aclamado no Oscar, levando apenas 2 das 12 categorias, não deixa de ser uma ótima opção para uma sexta a noite. "Os Miseráveis", "A Hora Mais Escura" e "A Indomável Sonhadora" por todo encanto que é uma produção cinematográfica.
          O balanço que tiro dessa noite histórica é que 2012 foi marcado por grandes produções emplacadas por atuações SENSACIONAIS.

   
As melhores atuações se divertem com estatuetas.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Fuga cibernética



    Seres humanos 24 horas em companhia de tecnologias multiusos. Seja no no cinema, no shopping, no restaurante, no trabalho ou em casa, eles estão sempre fornecendo posições completas: rua, número, bairro, cidade, país. Ligados automaticamente, muitos celulares modernos fornecem a informação exata de onde estão sendo utilizados para toda lista de amigos de uma rede social, deixando absolutamente público o direito de ir e vir.
     Somos todos membros de uma sociedade moderna, carregada de apetrechos que tornam tudo mais ágil, e passamos a ser, inclusive, dependentes desses pequenos acessórios. No entanto, esse avanço ininterrupto trouxe no lombo a preocupação com os detalhes, detalhes que podem fazer uma imensa diferença e evitar tragédias. Houve-se falar, com triste frequência, de assaltos, sequestros relâmpagos e inúmeras outras barbaridades contra a tranquilidade humana, mas embora tenhamos esses incontáveis noticiários, aplicativos como, esses que fornecem endereços exatos, fazem o maior sucesso.
      Já houve uma época em que as pessoas faziam exatamente o contrário, faziam é questão de esconder onde estavam, afinal, a sociedade cobrava verdadeira transparência de conduta. Quanto menor a exposição menor a possibilidade de ser linchado por mexericos que se espalhavam na velocidade da luz. Porém, contemporaneamente, cada passo, cada conquista, cada sensação parece pular de dentro do peito humano para se transcrever em dígitos de páginas eletrônicas.
      Crucificar esses aparelhos seria ignorar todo o avanço que eles proporcionaram em grande escala para o desenvolvimento mundial, e isto seria uma estrondosa injustiça. Desconsiderar que temos toda uma geração que desconhece um mundo sem celular, computador e video-game, é jogar a sujeira toda para baixo do tapete. A verdade é que ela está entre nós, e quanto a isso cabe-nos agradecer, e sobretudo fornecer a base estrutural de consciência sobre essa nova e presente realidade. Integrar completamente o meio estudantil à práticas cibernéticas seria familiarizar-se ao contexto. Porque, infelizmente, prendemo-nos ainda  ao pensamento arcaico de que o mundo digital é uma realidade externa e paralela. É nosso dever educar uma geração ciente de que, o que era apenas parte integrante de uma máquina moldada por parafusos e placas eletrônicas, arrancou as amarras da tela e veio conviver conosco, em meio ao nosso sem graça dia-a-dia.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Um humilde comentário

       Margaret Tatcher, primeira ministra da Inglaterra por 11 anos, interpretada por nada menos que Meryl Streep em a Dama de Ferro, filme que ganhou o Oscar 2012 de Melhor Atriz e Melhor Maquiagem. Foi apenas uma apresentação do assunto. Não sou expert em cinema, mas estou buscando informações, quero me estruturar para poder levantar uma opinião sólida sobre alguma obra, e para toda caminhada é preciso o clichê do primeiro passo, vou arriscar um comentário sobre o filme que retrata a vida de uma grande personalidade. Confesso que antes do filme eu jamais saberia responder quem era Margaret Tatcher, o que é uma lástima, pois foi uma figura importantíssima para a história mundial, sobretudo da Inglaterra. Mas conhecimento é uma prática diária, e os filmes são seus grandes aliados. A vida de Tatcher foi uma busca constante por um sonho. Mulher forte, rígida e corajosa que se destacou em um mundo em que o "H" era letra maiúscula. O filme em sua produção é cansativo e ele arrasta de forma pesada o cotidiano da protagonista. Confesso que dormi durante as duas vezes em que parei para assistir, mas cheguei ao fim e tenho uma opinião: É MASSANTE!
      O brilho recaí todo sobre a veterana das lentes, Meryl Streep, que é quase irreconhecível e sem dúvida alguma mereceu a estatueta de melhor maquiagem. As rugas, os dentes...quase não se é possível enxergar Meryl por trás de toda aquela produção. Mas contra a correnteza e o Oscar, eu discordo que Meryl tenha feito uma grande atuação. O que não significa que ela não tenha atuado bem. As cenas de Margaret já com idade e doente mostra o poder de atuação de Meryl, mas Margaret  em seu mandato, com mão de ferro, para mim, faltou autoritarismo, faltou o comando, faltou Miranda Priestly.
       No entanto, é digno valorizar o filme pelo seu teor histórico. Há também uma citação no filme que gostaria de compartilhar:
"Cuidado com os pensamentos, eles podem se tornar palavras;
Cuidado com as palavras, elas podem se tornar ações;
Cuidado com as ações, elas podem se tornar hábitos;
Cuidado com os hábitos, eles podem se tornar seu caráter;
Cuidado com o seu caráter, ele pode se tornar seu destino.
NÓS NOS TORNAMOS O QUE PENSAMOS." 

sábado, 17 de março de 2012

Baú de luxo

No fim o futuro nada mais é do que um grande contemplador do passado. É engraçado como as belezas do tecnológico não conseguem superar a elegância que as antiguidades carregam. Os grandes modernistas sabem reciclar muito bem o passado, e o trazem para o presente com os méritos do criativo original.

Alguém pode tentar me contrariar dizendo sobre os Ipad's, que estão dominando o mercado são absolutamente inovadores, eu não discordo, mas o luxo do remoto na sombra de um detalhe moderno é o grande fluxo das inovações. 

Moderníssima banheira que dispensa uma obra.
São sapatos masculinos do século 17 trazidos a tona para a mulherada, cd's imitando os vinis, e o que me colocou a reflexão nesta manhã de sábado, as banheiras que agora não mais precisam ser escondidas no piso do banheiro, voltaram a ser admiradas apenas sobreposta. "Um clássico!". 
Os seguidores das inovações de Steve Jobs que me perdoem, mas os museus são fontes belíssimas de inspiração, e cultuar o passado é valorizar com dignidade e respeito os pioneiros da modernidade! 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

AFS - Associação dos Frutos do Sistema

Oi, meu nome é Erika, vim aqui dar meu testemunho.
-Oiiii Erika!
Inúmeras paráfrases de uma verdade: qualquer ignorância pode ser superada com uma boa dose de leitura. Ok, eu não poderia ser a única exceção a regra né? Não. Mas às vezes essa parece ser a única verdade que me cabe. Não é uma simples questão de crise emocional, mas a inteligência e desenvoltura na arte do saber de muitas pessoas me impressionam e me dão uma leve dor de cotovelo.
É claro que é difícil concorrer com uma melhor amiga que passa em 8 universidades federais, dentre elas as duas mais renomadas do Brasil, e nada mais e nada menos do que para o curso de medicina, sim minha cara, medicina! Parabéns à ela, sem nenhuma sobra de dúvida, mas nosso potencial de crença em si próprio, fica, no mínimo, constrangida em existir!
Ainda mais, tenho aquele leve encosto que não me larga, de lembrar que eu não estou na universidade que sempre sonhei, embora, nunca deixemos de lembrar, que eu tenha passado, mas tenha tido a capacidade de perder  a matricula. Sim, não é apenas isso, tenho também aqueles outros colegas de universidade que sempre surpreendem com as palavras, enquanto os meus textos recebem apenas um humilde "bom".
Quero parar o mundo para gritar ao mundo(embora meu blog alcance não mais do que eu) que sim, eu sou uma vítima da competição maldita em que fomos inseridos desde que nascemos, a maldita condição social que me persegue e me faz desacreditar na minha própria capacidade, a arrasadora disputa que o sistema me impõe a sentir, como meu caro amigo Alan-cujo texto surpreende-lembrou, eu sou uma clara cidadã com sonhos burgueses, e infelizmente vejo constantemente o medo de fracassar correndo atrás de mim e me estabelecendo uma ansiedade perturbadora. Eu estava há 2 dias sem pensar nisso!
-Palmas....     

domingo, 8 de janeiro de 2012

Já dizia Manuel Bandeira: O bicho,meu Deus, era um Homem!

    Era 6 horas da tarde, me dava a contentamento de um andar saltitante pelo fim de mais um expediente. Embora um emprego opcional, a carga de responsabilidade e cansaço  são os mesmos. Mas foi então que fomos surpreendidos novamente, quando me dei conta que meu estômago embrulhava e eu tapava, com minhas duas mãos, meus olhos e minha cara de nojo para um ser, tal qual como eu, uma essência entre um cérebro e dois pés. O ser se dispunha a revirar o latão de lixo da minha casa de empada preferida, em busca do resto do que para mim fora meu delicioso café da tarde. É claro que a pessoa que vinha de frente comigo observou minha reação, e chegou a esboçar, inclusive, uma risada, acredito eu, de deboche.
    Tomou conta de mim um absoluto sentimento de compaixão e de valorização da vida, mas que passou com a próxima vitrine em promoção, afinal o que me dói mesmo é uma frustração inteiramente pessoal, uma vaga perdida da UFRJ. Peço desculpa por meus olhos se manterem secos por aquele homem. Eu não sou uma fútil e egoísta, gostaria muito de ter presenteado crianças que esperaram o presente do Papai Noel, queria, sinceramente, ter proporcionado uma ceia para quem passa fome (tal qual minha mãe fez e eu tive o prazer de acompanhar), mas eu não sou hipócrita, não vou sair por ai chorando por essas pessoas, gritando por igualdade enquanto espero meu próximo salário para comprar uma câmera fotográfica profissional, talvez para fotografar a desgraça, inclusive, daquele ser mal trapilho que observei alimentar-se do lixo. Passo a acreditar que um dos piores defeitos da humanidade é a falsidade que impede as verdadeiras atitudes, o triste discurso de quem apenas lê, diz e prefere aguardar do sofá a paz mundial. Claro que não espero que todos saiam por ai trocando os lixos por banquetes, mas gostaria que as pessoas falassem menos, julgassem menos e agissem mais, é muito cômodo apontar os outros, é muito simples digitar um post no facebook, eu gostaria apenas que as pessoas pensassem por conta própria sem parafrasear grandes figuras de nossa história. Que ao menos se incomodassem com um HOMEM se alimentando do que descartamos com tanto desprezo. Desesperançoso é constatar que há reações ainda mais medíocres do que a minha.