sexta-feira, 22 de março de 2013

Eu sempre aposto na educação

Sou mulher e sou contra o abordo! Os anos passam e torna-se função da sociedade evoluir, se é que nos cabe a palavra evoluir. Movimentos feministas gritam pela autonomia da mulher com o seu corpo, a igreja implora pela vida e o governo se equilibra em cima do muro. Abordo é um tema polêmico e ainda mal resolvido em todo o mundo. Esta semana o assunto se tornou manchete: o Conselho Federal de Medicina (CFM) apoia a liberação do aborto até a 12º semana de gestação por vontade da gestante. Em hipótese alguma temos o poder sobre o corpo de alguém, como também ninguém tem o poder de tirar a vida de alguém, por mais que essa pessoa ainda nem se manisfeste como ser. Na minha mais do que humilde opinião, aceitar o abordo não é dar a mulher o direito de proteger o seu corpo, é tirar da mulher a responsabilidade da consequência de um ato desprevenido. Exceto alguns tristes casos de estupros, em que a vida seria gerada sob um forte trauma, dar a liberdade pra alguém matar alguém por pura irresponsabilidade, é fazer com que as pessoas percam o senso de limite, as mulheres percam esse senso de limite. Defendo a ideia de que mais do que solucionar um problema de saúde pública, é solucionar o problema da educação, educação, neste caso, sexual. A ciência já proporciona inúmeros métodos para a precaução de uma gravidez, acredito eu, que ficar grávida nos dias hoje, é um simples e puro sinal de ignorância e irresponsabilidade. Daríamos as brasileiras o direito dos desleixo com o próprio corpo.
Não é deixar aberto a possibilidade de um abordo feito sem segurança, mas é investir na conscientização de um sociedade que possam arcar com seus próprios atos e erros. Infelizmente a educação no Brasil ainda não abraça boa parte da população, e a que abraça, muitas vezes é precária. Não nos permitiria diminuir pra já a taxas de mortalidade materna por abordo, mas o tempo nos traria dignos resultados.
Penso também se o sistema de saúde está preparado para receber essa gigantesca demanda de mães desesperadas. O SUS seria capaz de romper a geração até a 12º semana, sem que se forme uma fila interminável de grávidas? Grávidas que talvez, cansadas de esperar ainda fossem recorrer a formas ilegais de abordo? 
Sem moralismo, sem instituição religiosa, sem governo, sem política. Apenas acredito que o ser humano, e ainda mais a mulher, é capaz de controlar o seu corpo, como também é capaz de amar, amar ao filho independente da situação, amar ao próximo dando a outras mulheres o direito de ser mãe. Muitas ainda lutam contra a burocracia por essa possibilidade. 

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